A Ibogaína é alucinógena? Descubra...
Os alucinógenos, por sua vez, manifestam seus efeitos com os olhos abertos, enquanto a ibogaína com olhos fechados. Esse sonho induzido seria o responsável pelo efeito da antidependência da ibogaína, que devolve às pessoas, com danos psicóticos, o poder curativo dos sonhos e sonos, conforme Dr. Carl Anderson, do MacLean Hospital, filiado a Universidade de Harward. Como o sonho serve como um reorganizador das idéias e pensamentos, é fácil entender porque o sonhar acordado da ibogaína cause um efeito restaurador cerebral. É importante ressaltar que o Dramin, medicamento altamente receitado por médicos, em doses terapêuticas também é um alucinógeno e é largamente utilizado entre a população, ou em outras vezes, comprado sem a necessidade de prescrição médica. A IBOGA E A ANVISA? A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – considera um produto fitoterápico os que são usados pela população há mais de 30 anos, que não possui adição de produtos químicos, e que podem ser vendidos desidratados ou em pó (cápsulas). Seguindo essa descrição, a ibogaína pode ser enquadrada como tal, pois há relatos de que ela tem sido usada a aproximadamente 50 anos para dependência química e não há nela nenhuma adição de produtos químicos em sua composição. Ainda não há registros na ANVISA da ibogaína, todavia, a mesma permite a importação desse fitoterápico segundo o Decreto de Lei 8077/2013, Art. 10, § 2º Segundo a Constituição Federal de 1988, art. 5º, inciso XXXIX “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”. Assim sendo, pelo princípio da legalidade, ninguém é proibido de fazer algo que a lei não proíba. Dessa maneira, nada impede que usufruamos dos benefícios que a ibogaína oferece no tratamento de dependentes químicos. A ibogaína é um alcalóide indólico psicoativo derivado de uma planta Africana chamada Tabernanthe Iboga. Na África a raiz da planta é conhecida como iboga ou eboka. Contém aproximadamente 12 alcalóides indólicos diferentes, dos quais a ibogaína é apenas um. Entre os cerca dos 12 alcalóides, a ibogaína é a substância mais importante, e o principal composto psicodélico originário do continente africano. A ibogaína, cuja denominação química é 12 metoxibogamina, é um inibidor da colinesterase, uma enzima estimulante que afeta o sistema nervoso central. Durante a ministração da ibogaína, o paciente permanece o tempo todo “lúcido” e “acordado”, porém em um estágio de introspecção. A este nível a ação da ibogaína divide-se em 3 partes: A primeira e semelhante ao sonho, durante o qual se experimentam apresentações visuais e pensamentos relacionados com acontecimentos passados. A segunda, é um período intelectual ou cognitivo, no qual essas experiências são avaliadas. A terceira, é um período de estimulo residual que eventualmente resultará em sono. É apos o utilizador (paciente) acordar que nota a “falta de desejo de tomar ou procurar as drogas das quais estava dependente”.