Estudo sobre dependência química diz...
Em suma, a definição de enterógeno significa que a substância é psicoativa, que pode mudar o estado de consciência agindo como uma droga na mesma região do cérebro que absorve os efeitos da cocaína, heroína, crack e outras drogas do gênero. Essa substância é chamada de ibogaína, e pesquisas científicas mostram que ela tem o poder de neutralizar os efeitos de drogas como cocaína, heroína e crack, que também são alcalóides do nitrogênio. Um estudo desses pesquisadores brasileiros conquistou o mundo e o interesse da comunidade científica ao publicar em 2014 em uma das maiores e mais prestigiadas revistas científicas do mundo, The Journal of Psychopharmacology, uma revista inglesa consultada e respeitada mundialmente. Ibogaína é um nome popular para uma planta africana, cientificamente conhecida como Apocinaceae, mais difundida na região central do continente, com maior abundância entre Camarões, Congo e Gabão, que usam sua composição principalmente em seus processos rituais e espirituais, pois a substância possui poderes psicoativos e muda o estado de consciência de seus usuários, o que facilita a percepção religiosa. O composto preparado pelos nativos é chamado Bouiti e é este produto que é utilizado em rituais. O que dizem os cientistas sobre a descoberta do Ibogaine "O tratamento com Ibogaína no hospital, com controle médico constante, medicamentos de boa qualidade e origem, em pacientes motivados, é seguro e descomplicado. O primeiro registro conhecido da eficácia da ibogaína no tratamento do vício em drogas vem de um acidente no qual um conhecido usuário de heroína, Howard Lotsof, usou estranhamente um pedaço de raiz de ibogaína crua e depois simplesmente perdeu a vontade de reutilizar a heroína e nem mesmo sentiu nenhum sinal de abstinência. O psiquiatra do grupo brasileiro, Dr. Dartiu Xavier, coordenou um estudo de oito anos entre 2005 e 2013, no qual participaram 75 pessoas. Todas as pessoas selecionadas eram dependentes de alguma droga poderosa, como cocaína, crack e álcool. Deste grupo, apenas 8 eram mulheres e 100% estavam completamente livres de dependência, em comparação com 5% para os homens. Uma explicação categórica para o estudo é que, em média, 61-72% das pessoas podem estar livres de drogas, ao contrário dos tratamentos convencionais, que têm picos de 20% e uma remissão média de 10%.